quinta-feira, 30 de julho de 2009

19 brasileiros são presos envolvidos com rinha de canários em Connecticut (EUA)

29 de julho de 2009

Dezenove brasileiros foram presos na manhã do domingo (26) em Shelton, acusados de participar de brigas entre canários. Oito deles residem em Danbury, Connecticut. A polícia confiscou mais de 150 pássaros e encontrou cerca de $8,000 em dinheiro.

Agentes recolhem as gaiolas com os pássaros encontrados no local onde era realizada a rinha de canários. Brasileiros de New Jersey, Massachusetts e Connecticut foram presos no local. Foto: Reprodução/ComunidadeNews

Agentes recolhem as gaiolas com os pássaros encontrados no local onde era realizada a rinha de canários. Brasileiros de New Jersey, Massachusetts e Connecticut foram presos no local. Foto: Reprodução/ComunidadeNews

Eram aproximadamente 9h30 quando a polícia chegou na casa de uma família onde os ocupantes preparavam os canários para uma nova briga. Segundo o Departamento Estadual de Agricultura (SDA), a maioria dos pássáros apreendidos era de canários-da-terra. Pelo menos quatro das aves apreendidas tinha ferimentos nos olhos.

A megaoperação que prendeu os brasileiros contou com a participação da polícia de Shelton, Bridgeport, Ansonia e Fairfield, o Esquadrão de Crimes da Polícia Estadual, Esquadrão de Crimes do Distrito Central e o SDA.

A prisão dos envolvidos com a briga de canários surpreendeu os vizinhos. Eles nunca desconfiaram de nada. De acordo com a polícia, as brigas de galo são mais fáceis de descobrir porque o animal faz barulho. A característica não faz parte do canário.

Os moradores de Danbury presos são Gilson Gonçalves, 31, Getúlio Serra, 62, Rogério de Carvalho, 35, Sebastian Andrade, 37, Ricardo Almeida, 29, Massilon de Paula, 32, Agostinho Gondinho, 35 e Raimundo Nonato, 51. Elito Goulart, 47 e Jurames Goulart, 42, residentes em Bridgeport e Shelton, respectivamente, também foram presos.

Os outros presos são dos estados de New Jersey e Massachusetts: Odeco dos Santos, 43, Marcos Teles, 36, Lucas dos Santos, 25 (Newark) e Geraldo Teixeira, 43 (Kearney), Auder Gontijo, 43 e Celco Soares, 33 (Marlborough), Welson Sales, 38 e Welson Morais, 26 (Framingham) e Waldiney Almeida, 29 (Holbrook).

Raimundo Nonato é apontado como um dos mais envolvidos com rinha de canários.  Foto: Reprodução/ ComunidadeNews

Raimundo Nonato é apontado como um dos mais envolvidos com rinha de canários. Foto: Reprodução/ ComunidadeNews

Segundo uma fonte, que preferiu o anonimato, Raimundo Nonato seria um dos cabeças do esquema. Os participantes iam até New Jersey e Massachusetts para comprar os canários, que seriam produto de tráfico do Peru. Por cada ave era paga a quantia aproximada de $50. Os que apresentavam tendência de ser “bom de briga” eram escolhidos. Os canários que venciam muitas brigas poderiam valer até $3,000.00 no mercado negro.

O grupo utilizava canários-da-terra, aves originárias da América do Sul e encontradas no Brasil, Peru, Colômbia, Equador e Venezuela. Os machos tem a cor amarela predominante quando adultos e podem brigar entre si pelas fêmeas, as quais geralmente atiçam as brigas. Os canários-da-terra atacam aves maiores que se aproximam dos ninhos deles.

Penalidade
O Comunidade News apurou que em Danbury também ocorriam as brigas de canário, que eram feitas no galpão de uma casa e eram organizadas por um brasileiro conhecido apenas como Tito. Podiam acontecer até 20 brigas de uma só vez, nas quais muitas vezes as aves se feriam ou até mesmo morriam. Algumas pessoas iam somente para apostar nos canários. As apostas variavam de $100 até $1,000 por pessoa. Muitos chegavam a perder até $5,000.00 nas apostas.

Quando a polícia chegou na casa, Jurames Goulart correu e se trancou num dos cômodos. Por isso, foi acusado de interferir no trabalho da polícia. Os pássaros foram colocados em grandes gaiolas e transportados por agências de controle de animais para outros locais. A investigação ainda continua.

De acordo com o Sargento Roberto Kozlowsky da Polícia de Shelton, todos os brasileiros foram presos sob fianças variando de $1,000 a $5,000. Os acusados pagaram fiança e foram liberados e devem comparecer à Corte de Derby no dia 10 de agosto. Gilson Gonçalves não pagou fiança e enfrentou uma audiência na segunda-feira (27). O ICE (agência de imigração) estava à procura dele. Segundo uma pessoa que conhece o brasileiro, ele teria sido preso ao entrar ilegalmente no país e devia corte.

Os dezenove brasileiros foram acusados de crueldade a animais e por jogo ilegal. O Centro Nacional de Lei da Agricultura do estado de Connecticut, prevê até cinco anos de cadeia e pagamento de até $5,000 de multa para quem maltrata animais. Kozlowsky disse que em Connecticut crueldade com animais é uma ofensa grave e jogo ilegal é um delito menor.

Fonte: ComunidadeNews

from: http://www.anda.jor.br/?p=13697


quarta-feira, 29 de julho de 2009

Catatau UFSCão falece

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL1246171-5604,00.html

Morte de cão emociona alunos e funcionários da UFSC

Catatau, o ‘UFSCão’, foi encontrado morto por suspeita de envenenamento.
Mascote participava de manifestações a festas no campus.

Luciana Rossetto Do G1, em São Paulo


Catatau, o ‘UFSCão’, foi encontrado morto por suspeita de envenenamento. (Foto: www.flickr.com/rafaelvilela)

A morte de um cachorro causou uma grande comoção no campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis. Mascote querido de alunos e servidores, Catatau era famoso por acompanhar todos os eventos envolvendo os estudantes, mas foi encontrado morto, por suspeita de envenenamento, em um dos córregos que passam na área da universidade, na sexta-feira (24).


Rogeria D’el Rei Martins, que trabalha na área administrativa da UFSC, contou ao G1 que Catatau foi abandonado no campus em 1997, ainda filhote. Alimentado por alunos e funcionários, que contam com a ajuda de uma Ong que tenta impedir o abandono de animais no local, era considerado o cão mais popular da universidade e ganhou o apelido de “UFSCão”.

Catatau participava de vários atos no campus da UFSC (Foto: www.flickr.com/rafaelvilela)

“Catatau sempre participou de todos os atos dos alunos, de protestos a festas. Ele estava nas formaturas, nos trotes, sempre junto com os estudantes. Na saída dos alunos, ele chegava até a acompanhar os estudantes nos arredores, mas depois voltava. Com esse jeito tão carinhoso, ele conquistou todo mundo”, conta Rogéria.


Uma das últimas proezas protagonizadas por Catatau ocorreu durante a invasão do gabinete da reitoria por alunos. O cão ocupou a cadeira do reitor durante o ato e tinha apoio dos alunos para permanecer no cargo.

O estudante de Design Gráfico Rafael Vilela conta que, em abril, Catatau acompanhou um protesto de alunos contra o aumento do passe de ônibus em Florianópolis. “Éramos uns 40 alunos e saímos em passeata do campus até o centro. Caminhamos por uns 40 minutos embaixo de chuva, e o Catatau foi junto. Ele fez parte da manifestação e depois conseguiu voltar para o campus de carona com alguns alunos que estavam de carro. Tem aluno que já levou o Catatau até para a praia”, disse.



Além de Catatau, há outros cães que vivem no campus, mas nenhum tão popular. Vilela fotografa os animais diariamente e, em breve, pretende fazer uma exposição com as fotos dos animais.


Apesar da suspeita de assassinato, a morte de Catatau não poderá ser investigada. “Não temos câmeras no local onde ele foi encontrado, não teríamos como descobrir quem o jogou no córrego”, disse Rogéria.

Enterro

Catatau foi enterrado ainda na sexta-feira perto do monumento Pira da Resistência, que foi erguido pelos próprios servidores. Para Rogéria, o local vai se tornar um ponto de peregrinação de alunos. “Alguém já deixou um vaso com flores brancas para ele. Era um cachorro muito especial”, disse.